Se em 2020 a pandemia levou empresas e executivos a revisarem metas e processos, tecnologias e até mesmo seus modelos de negócio, 2021 promete um cenário um pouco mais otimista. Nossa dica para isso: business intelligence.
Ao longo dos últimos meses, a transformação digital se acelerou de forma exponencial nas empresas – e antigas resistências à implantação de novas tecnologias foram rapidamente superadas. De uma hora pra outra, a adoção de metodologias ágeis e a gestão orientada por dados confiáveis deixou de ser uma questão de opinião e se tornou uma questão de sobrevivência.
Segundo CIOs entrevistados pelo Wall Street Journal, as grandes corporações e mesmo empresas médias experimentaram em três meses um volume de transformações digitais que, em outras circunstâncias, levaria três anos ou mais. E, sem dúvida, uma das áreas mais estratégicas deste movimento foi o BI, ou business intelligence.
Se a sua empresa ainda está estudando adotar novas ferramentas e soluções em sistemas de business intelligence ou data analytics, preparamos aqui algumas dicas para orientar o seu processo de decisão:
1. Dados são o novo petróleo, mas…
É preciso ir um pouco mais a fundo na comparação: da mesma forma que ninguém cava um poço no seu jardim para extrair petróleo e abastecer o carro, os dados também precisam ser explorados, localizados, acessados, refinados e distribuídos de forma adequada.
Por isso, as etapas iniciais do processo, como conexão às diversas fontes e modelagem do banco de dados, são muito importantes. O seu sistema de business intelligence precisa ser capaz de trabalhar com grandes volumes de dados complexos e variados, provenientes de diferentes fontes. É preciso também dar atenção especial à limpeza destes dados e à modelagem eficiente do seu banco de dados analítico.
2. Cuide muito bem dos seus dados
É muito importante adequar os processos relacionados a data analytics na sua empresa à Lei Geral de Proteção de Dados (Lei 13.709/2018 – LGPD), adotando boas práticas de coleta, processamento, análise, armazenamento e compartilhamento de dados.
Também é preciso trabalhar com ferramentas de BI que garantam a segurança e a governança dos dados, garantindo a privacidade dos seus clientes e evitando vazamentos de informações tanto dentro quanto fora da sua empresa.
Uma dica: dê preferência a ferramentas de business intelligenceque ofereçam segurança e opções de governança em três níveis diferentes: no sistema, no banco de dados analítico e nos dados propriamente ditos.
3. Business Intelligence por toda a empresa
Na pré-história do data analytics, o trabalho das equipes estava concluído quando um relatório (impresso) era entregue na mesa de um executivo. O que ele fazia ou deixava de fazer com aquelas informações não era um assunto de business intelligence. E, às vezes, ficava até a dúvida: alguém está lendo os meus relatórios?
Hoje em dia, a visão é radicalmente diferente: BI não é sobre o que eu sei, mas é sobre o que eu faço com o que eu sei. Por isso, o acesso à análise de dados, com segurança e governança, deve fazer parte do próprio fluxo de trabalho. Ou seja, você não pausa o seu trabalho para analisar dados: a análise de dados está inserida de forma natural e perfeitamente integrada ao seu dia a dia.
Para isso é preciso contar com ferramentas de BI fortes em embedded analytics, que têm a capacidade de integração natural às plataformas, como os aplicativos voltados aos clientes finais.
4. Business Intelligence com a força da AI
Mas uma integração perfeita com os seus sistemas e fluxos de trabalho é insuficiente se as pessoas não forem o centro deste processo.
Paul Zolfaghari, diretor administrativo da Carrick Capital Partners e membro do board de diretores da Sisense, faz uma interessante analogia: até hoje, dirigir um carro sempre foi algo feito pelo motorista, uma atividade braçal necessária para ir de um ponto A a um ponto B. Com os carros autônomos, esse paradigma muda completamente.
E o Paul aproveita essa mesma analogia para os sistemas de BI: com o desenvolvimento exponencial das tecnologias de AI (inteligência artificial), e em especial de ML (machine learning), o acesso a insights poderosos de negócios será cada vez mais mediado e imensamente facilitado pela tecnologia.
Ou seja, em vez de digitar linhas de código para obter uma resposta (ou ligar para o pessoal da TI fazer isso), bastará perguntar ao sistema, por escrito ou até mesmo por voz. Por isso, valorize aqueles fabricantes de ferramentas de BI que investem e trabalham nas fronteiras de AI e ML, de forma a oferecer a melhor experiência de uso aos seus clientes.
5. Envolva as pessoas certas
A colaboração cada vez maior entre as áreas técnicas e de negócios é outra tendência interessante nos processos de decisão e implantação de novas ferramentas e sistemas de BI nas empresas. E isso se deve não apenas à boa vontade e espírito de equipe, mas à própria mudança de perfil dos profissionais: os executivos estão entendendo mais de tecnologia e os especialistas de TI estão mais e mais familiarizados com o mundo dos negócios. Aí fica bem mais fácil conversar, não é?
Certifique-se de que os seus principais atores internos façam parte do processo de decisão e implantação. Assim, os critérios estarão alinhados, prevenindo decepções futuras ou ruídos de comunicação.
Outra mudança importante e cada vez mais comum é a iniciativa de contratação. Antigamente, era uma prerrogativa centralizada na figura do CEO ou de executivos do C-Level; hoje está sendo determinada por gestores de diversas áreas da empresa, como vendas, marketing ou customer success.
Mas isso não quer dizer que uma solução trazida por uma determinada área, que assume o papel de campeã do projeto, não possa ser gradativamente ampliada para os demais setores da empresa, a partir dos resultados trazidos. Funcionou? Todo mundo vai querer também.
6. Estabeleça critérios de avaliação
E já que estamos falando de resultados, é importante determinar com clareza o que é valor para você e sua equipe na contratação de uma nova ferramenta de BI.
Antes, era comum que os critérios fossem meramente técnicos e quantitativos: capacidade de processamento, número de licenças e usuários e assim por diante. Mas, quer saber? As métricas mais importantes que você e sua empresa precisam levar em conta são as que dizem respeito aos NEGÓCIOS.
Em primeiro lugar, qual o ROI do projeto? Isto é, quanto foi investido e quanto estou recebendo na forma de insights e decisões mais eficientes, orientadas por dados? Segundo: qual o TCO, ou custo total de aquisição? Algumas soluções de BI apresentam um custo inicial muito baixo e extremamente convidativo, mas isso na verdade é uma armadilha – quando você precisa escalar o sistema, os valores se tornam absurdos. Por isso, pense no projeto de forma ampla e estratégica: qual solução pode ser escalada de forma sustentável no longo prazo?
Vamos aprofundar um pouco mais aqui. Cada empresa tem as suas particularidades e necessidades, mas, de forma geral, estes são alguns dos pontos mais importantes para se levar em conta ao analisar uma solução de Business Intelligence:
● A solução é completa e robusta?
Você precisa de uma solução single stack, ou seja, de ponta a ponta, que contemple todas as etapas do processo. E ela deve oferecer estabilidade, além de capacidade de processamento e facilidade de integração com múltiplas fontes de dados;
● De que forma os dados são consultados para análise?
Como funciona o modelo analítico de dados? Mais uma dica: a tecnologia In-Chip é mais eficiente e rápida que os as opções In-Memory, que criam gargalos de processamento. Esta é uma variante técnica que interfere diretamente na performance e, portanto, no ROI;
● Qual a facilidade para escalar?
O seu modelo de dados precisa ser projetado para simplificar o gerenciamento de dados variados e complexos. Esse tipo de arquitetura dispensa bancos de dados adicionais e suporta melhor tanto volume quanto complexidade, o que reduz a necessidade de pessoal de TI e permite que os próprios analistas e desenvolvedores de business intelligence escalem com facilidade a solução;
● Como é a experiência de análise propriamente dita?
Muitas soluções priorizam a estética, mas não oferecem muitos recursos para a exploração in loco dos dados. É claro que a apresentação dos dados deve ser levada em conta, mas a capacidade de aprofundar a análise em toda a granularidade dos dados é o que realmente vai fazer a diferença no dia a dia dos seus negócios. Isso garante uma experiência de análise mais intuitiva e uma adesão muito maior e mais eficiente por parte da sua equipe.
● E, por último, é possível customizar a solução?
Cada vez mais, dados podem ser integrados à camada de serviços da sua empresa e oferecidos como uma experiência de valor aos seus clientes. Seja na forma de apps, sejam relatórios e análises internos ou externos, o importante é que a ferramenta de BI seja whitelabel. Isto é, que possa ser facilmente personalizada com os elementos do branding da sua empresa.
Mesmo que você não tenha a necessidade de inserir os dados numa plataforma externa, uma customização eficiente e completa tem tudo para se refletir positivamente nos níveis de adoção e satisfação com a ferramenta.
E então? Você já pensou qual é a ferramenta de business intelligence ideal para acelerar a transformação digital na sua empresa? Tome decisões simplesmente melhores.
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